“Redução do tempo de hospitalização, menores índices de mortalidade, aumento da capacitação profissional e menor
absenteísmo são alguns dos parâmetros prioritários no processo de avaliação das novas tecnologias de saúde”, segundo
a Abimed.
Ampliar o acesso de pacientes aos tratamentos de ponta oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), administrar
recursos e adquirir novas tecnologias para que a defasagem entre os segmentos público e privado seja cada vez menor.
Estes são alguns dos desafios enfrentados pelo setor público atualmente.
A adoção de meios tecnológicos pode trazer uma melhor qualidade assistencial ao serviço de atendimento público de
saúde, como também equipa tecnologicamente todos os setores. Para superar desafios, no que se refere à carência
desses sistemas de integração, entidades representantes da indústria, governo e outros órgãos movimentam-se para
agilizar os processos de aquisição de novas tecnologias pelo SUS, fator crítico no País.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos
Médico-Hospitalares (Abimed), Carlos Goulart, os produtos relacionados a saúde possuem, em média, uma vida útil
relativamente curta. Os dispositivos evoluem ou ficam ultrapassados a cada dois anos, e para ter um sistema de saúde
eficaz e com equipamentos atualizados é necessário cumprir uma série de etapas no processo de incorporação tecnológica.
“Esse processo se inicia envolvendo governo, acadêmicos e a indústria, que é responsável pelo P&D do produto. Esse
envolvimento é vital para colher informações sobre os equipamentos de forma rápida e ágil antes da tomada de qualquer
decisão”, ainda afirma a Abimed.
Baixo Custo
Outro ponto importante é o desinvestimento de equipamentos ultrapassados junto com as novas aquisições, pois restringindo
os recursos consequentemente teremos uma gestão de baixos custos. Ao contrário disto, o processo fica redundante e caro
para a saúde pública do país.
É de extrema importância os fatores custo e prazo na aquisição de novos dispositivos. A partir da Lei 2.401, de 2011, e o decreto
7.646, no qual foi criada a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), o período de avaliação de novas
tecnologias foi reduzido, de acordo com o grau de complexidade. O Conitec tem a finalidade de assessorar o Ministério da Saúde
na incorporação, alteração ou exclusão pelo SUS de novas tecnologias em saúde, como novos medicamentos, produtos e
procedimentos, e na constituição ou na alteração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.
A Abimed concluiu, “Temos um grande desafio pela frente, que é o de aumentar o acesso da
população a diagnósticos e tratamentos cada vez mais eficazes. Levantar o diálogo sobre este
assunto é importante, pois ajuda todos os envolvidos na cadeia de saúde a tomar conhecimento
das inovações e planejar com antecedência as tecnologias que desejam prover aos pacientes
no futuro.”
Fonte: (Tener)