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Pais denunciam falta de leite especial para bebês

Crianças que sofrem de alergia à proteína do leite de vaca (APLV) estão sem uma fórmula que substitui o alimento desde o início de outubro, porque diversas farmácias de alto custo do governo do Estado de São Paulo não têm o produto. 

Secretaria da Saúde disse que está providenciando compra do leite especial / Divulgação

Fornecido gratuitamente pela rede pública após cadastro dos pais, endossado por um pediatra, o preço da lata do leite especial  Neocate pode chegar a custar R$ 170 no mercado.

Entre os sintomas da APLV em bebês estão manchas vermelhas pelo corpo e diarreia. Em alguns casos, as fezes da criança podem conter sangue, como aconteceu com Tomás, filho de sete meses do consultor de vendas Eduardo Santana, de 41 anos.

O problema foi detectado quando o menino tinha apenas um mês de vida. Nesses casos, como as crianças ainda se alimentam exclusivamente do leite materno, é recomendada à mãe uma dieta extremamente restritiva em relação ao leite de vaca e seus derivados.

A mãe de Tomás tentou seguir a orientação médica, mas até alimentos como o pão francês – que é feito apenas com água, farinha, fermento e sal – acabaram sensibilizando o organismo do garoto, porque o alimento passa pela mesma forma do pão de leite, que deixa traços de lactose.

Por isso o bebê consome Neoacate desde os dois meses de idade, tomando cerca de 12 latas do leite especial a cada 30 dias.  Eduardo deveria ter pegado a cota de outubro na última sexta-feira (23), mas foi informado no AME Maria Zélia, no Belenzinho, zona Leste de São Paulo, que não havia estoque do produto.

“Me disseram que não tem previsão de entrega quando liguei”, contou Eduardo. “Quando soube que o produto está em falta, comecei a racionar, substituindo algumas mamadas por chá, frutas, papinha”, disse o consultor, que tem poucas latas de Neocate.

A recepcionista Talita Araújo, de 29 anos, também está quase sem o leite especial para dar à sua filha, Larissa, de um ano e três meses. 

Após ficar seis meses em uma fila de espera para ser incluída na lista de mães que recebem o produto, ela retirou sua primeira cota de Neocate apenas no mês passado . No dia 16 de outubro, já não conseguiu pegar novas latas.

“Minha filha está vivendo de doações. Uma mãe que está recendo normalmente, em São Bernardo do Campo, me deu quatro latas, que ainda vou pegar”, explicou.

Secretaria da Saúde diz que está "providenciando compra"

Uma outra mãe, que não quis se identificar, relatou que a farmácia de alto custo da Vila Mariana, a outra unidade que fornece o Neocate na capital, também está sem o leite especial.  Seu bebê consome 14 latas por mês, mas ela também não conseguiu retirar sua cota.

“Tenho o contato de uma representante do leite e ela me disse que o produto não é comprado pelo Governo faz um tempo. Portanto, se alguma farmácia de alto custo tiver, é apenas estoque”, afirmou. "É um absurdo. É leite, é alimento básico e essencial para bebês. Meu filho tem apenas 2 meses e só pode tomar isso.”

A reportagem do Portal da Band apurou que unidades em outras cidades paulistas, como Campinas e Taubaté, também não têm o leite especial.

Questionada sobre a falta da fórmula, a Secretaria de  Estado da Saúde de São Paulo disse que houve “desabastecimento temporário, fruto de aumento inesperado de demanda”, e que, além de estar “providenciando uma nova compra do produto, irá cobrar do fornecedor que a entrega seja realizada com o máximo de urgência, para normalizar os estoques o mais rapidamente possível.”

A pasta ainda afirmou ainda, através de nota, que “o produto em questão não faz parte da lista definida pelo Ministério da Saúde para distribuição na rede pública”, mas que “fornece leite especial por iniciativa própria e com recursos do tesouro estadual.”

 

 

Fonte: (Band)


 

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