A glândula tireoide é estimulada pelo TSH, que depende, por sua vez, do TRH.
De acordo com um estudo publicado em 2017, que incluiu cerca de 4.554 pessoas com idades entre 18 e 93 anos, a prevalência de hipotireoidismo na população espanhola foi de 9,1%. Por outro lado, a prevalência de hipertireoidismo foi de 0,8%.
Juntos, esses dois distúrbios afetariam quase 10% da população, e em todos esses pacientes seria possível encontrar um resultado anormal de TSH. O hormônio em questão é regulado de 3 maneiras:
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Quantidade de TRH liberada pelo hipotálamo
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A própria hipófise, que é responsável por armazenar e liberar TSH quando necessário
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Feedback negativo dos hormônios da tireoide
O que é um feedback negativo?
Quando muitos hormônios da tireoide são produzidos, eles aumentam a sua quantidade no sangue. O hipotálamo e a hipófise detectam esse aumento e reduzem a produção de TRH e TSH. Isso é o que chamamos de feedback negativo.
Ou seja, os próprios hormônios se autorregulam para ter níveis sanguíneos estáveis e não tão altos. Se esse mecanismo não acontecesse, entraríamos constantemente em hipertireoidismo ou hipotireoidismo.
Os níveis normais de TSH no sangue estão entre 0,4 e 4 mUI/L. Se há um aumento ou uma diminuição desses valores, significa que há uma disfunção da tireoide.
Em particular, um TSH baixo significa que há tanto T3 e T4 no sangue que eles realizam um feedback negativo na hipófise, impedindo a produção. Normalmente, nesse cenário, temos a presença de hipertireoidismo.
Há também TSH baixo como resultado do hipotireoidismo secundário. Isso acontece quando há uma disfunção da hipófise, seja porque parte dela foi destruída ou porque algo está impedindo seu funcionamento adequado, como por exemplo, um tumor cerebral.
Por último, o hipotireoidismo terciário pode ser o responsável. Isso significa que o hipotálamo não funciona e para de produzir TRH; portanto, não envia sinais para que a hipófise produza TSH.
No primeiro caso, quando há uma superprodução de hormônios tireoidianos periféricos, encontraremos níveis muito elevados de T3 e T4 no sangue, indicando um metabolismo excessivo. O corpo começará a queimar todas as gorduras e açúcares do corpo para obter energia.
Hipertireoidismo
Os sintomas de hipertireoidismo são:
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Nervosismo,
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Palpitações,
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Hiperatividade e aumento da sudorese,
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Hipersensibilidade ao calor,
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Aumento do apetite e perda de peso.
Se você achar que pode ter hipertireoidismo, consulte seu médico. O profissional solicitará a dosagem sanguínea de TSH, T3 e T4. Se o TSH estiver baixo e os hormônios tireoidianos elevados, o diagnóstico de hipertireoidismo será confirmado.
As causas podem variar desde um tumor da tireoide a uma doença autoimune, na qual os anticorpos criados estejam superexcitando as células da tireoide. Entretanto, existem medicamentos que reduzem e controlam os sintomas.
Hipotireoidismo
Sintomas contrários aos anteriores, como fadiga, ganho de peso, intolerância ao frio e hipotermia, são indicativos de hipotireoidismo. Pode ser que tenhamos tumores no cérebro que destroem a hipófise, ou que a comprimam, impedindo a liberação de TSH. Também pode haver uma baixa produção de T3 e T4 na própria glândula.
O TSH baixo no contexto de hipotireoidismo revela um problema mais sério, ligado à destruição da hipófise. Em vez disso, se o TSH estiver normal ou alto, a suspeita é direcionada à glândula tireoide.
Fonte: (Melhor com Saúde)