Entre as pessoas que moram em Minas Gerais e têm idade superior a 15 anos, 40% praticam esporte ou atividade física, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A porcentagem é superior à média do Sudeste (37,5%) e a nacional (37,9%). 

Ainda segundo a pesquisa, no Estado os homens praticam mais atividades físicas do que as mulheres. Entre as pessoas que responderam praticá-las, eles corresponderam a 53,1%, enquanto 46,9% eram do sexo feminino. 

No período de referência do levantamento, havia 161,8 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade no Brasil, das quais 61,3 milhões (37,9%) praticaram algum esporte ou atividade física. As principais atividades mencionadas pelos brasileiros que se exercitavam no período foram o futebol e a caminhada. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram proporções maiores que a média nacional (40,8% e 41,1%, respectivamente), enquanto Nordeste (36,3%), Norte (36,6%) e Sudeste (37,5%) registraram proporções inferiores.

Em relação à prática de algum esporte pelas pessoas de 15 anos ou mais de idade, pode-se destacar que, em Minas Gerais, 4,42 milhões de pessoas (26,2% do total na faixa etária pesquisada) declararam ser praticantes de algum esporte, sendo, deste quantitativo, 61,7% homens e 38,3%, mulheres.

Os dados revelam que os homens na faixa etária investigada praticam mais esportes do que as mulheres, em todos os estados do país.
Por outro lado, quando se trata da prática de alguma atividade física, há um percentual maior de mulheres do que de homens praticantes, na faixa etária e período de referência da pesquisa, em quase todo o país, com exceção de quatro unidades da federação (Amapá, Tocantins, Rio de Janeiro e Distrito Federal).

Em Minas Gerais, os praticantes de alguma atividade foram 3,07 milhões de pessoas, sendo 44,7% homens e 55,3%, mulheres. No universo, esse quantitativo representa 18,2% do total de pessoas que praticavam atividade física, sendo a proporção de homens 16,7% e a de mulheres, 19,6%, demonstrando, conforme mencionado, uma participação maior das pessoas do sexo feminino nessas atividades. No caso da participação das mulheres, o valor é 1,1 ponto percentual. mais alto do que o encontrado para a Região Sudeste e, no caso dos homens, 0,8 ponto percentual mais baixo.

Investimento público

O suplemento da PNAD investigou também a opinião em relação ao investimento público em esportes ou atividades físicas na vizinhança em que residiam, como este deveria ser; e, caso discordassem de tal iniciativa, solicitava-se aos entrevistados que indicassem a área na qual esse investimento deveria ser aplicado. Quando analisamos o estado de Minas Gerais, das 16,85 milhões de pessoas na faixa investigada, 12,83 milhões (76,1%) acreditavam que o poder público deveria fazer investimentos nessa área; 13,1% das pessoas eram contrárias a investimentos e 10,7% dos respondentes não tinham opinião sobre o tema pesquisado.

Em relação à opinião sobre “ter investimento”, o número encontrado em Minas é 2,5 pontos percentuais superior àquele encontrado para a Região Sudeste. Por sua vez, para os quesitos sobre “não investimento” ou “não tinham opinião”, os valores de Minas Gerais foram inferiores aos encontrados na Região Sudeste, 1,7 ponto percentual e 0,8 ponto percentual, respectivamente. Ou seja, em nível macro regional (Região Sudeste), o número de pessoas contrárias aos investimentos nessa área, bem
como o das que não tinham opinião sobre o tema, era maior do que o encontrado para Minas Gerais.

Por fim, os principais motivos citados pelos brasileiros que não praticam esportes nem atividades físicas (de modo geral, o perfil de não praticantes corresponde a pessoas de maior idade e menor nível de escolaridade formal) são a falta de tempo (38,2%), o fato de não gostarem ou não quererem (35,0%) e problemas de saúde ou idade (19,0%). Portanto, os impedimentos para a realização de atividades físicas e esportivas estão mais relacionados a questões pessoais do que a problemas de renda e infraestrutura.

Metodologia

O Suplemento de Práticas de Esporte e Atividade Física da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2015 investigou as pessoas moradoras de 15 anos ou mais de idade, em seu tempo livre, no período de referência de 365 dias (de 27 de setembro de 2014 a 26 de setembro de 2015), com o objetivo de mensurar aquelas que praticaram algum esporte ou atividade física no período considerado, bem como a sua percepção quanto a isso. Na pesquisa, cabe ressaltar, não foi estabelecida uma diferenciação entre esporte e atividade física, ficando a cargo da pessoa investigada a classificação da atividade por ela realizada. Para tal, questionou-se, por meio de uma pergunta direta, se a pessoa moradora havia praticado esporte, e, em caso afirmativo, a respectiva modalidade. Independentemente dessa resposta, a pessoa também respondeu se praticou alguma atividade física que não considerava como atividade de esporte, informando, em caso positivo, também a modalidade. Dessa forma, algumas práticas foram classificadas como esporte por alguns moradores e como atividade física por outros.

A pesquisa permitiu identificar o tipo de esporte ou atividade física realizado; sua motivação; o local onde era praticado; a frequência; a duração; e a participação em competições, entre outros aspectos relacionados. Para as pessoas que informaram não realizar qualquer esporte, perguntou-se o motivo de não o fazerem, bem como se o haviam praticado anteriormente, caso em que buscou-se conhecer a modalidade do esporte então praticado; a idade em que deixaram de praticá-lo; e a causa de sua interrupção.

Complementarmente, a pesquisa investigou a avaliação da população sobre a opção do poder público de investir no desenvolvimento de atividades físicas e esportivas ou em outra área (saúde, educação etc.) na vizinhança de seu domicílio. A partir dos resultados desta investigação suplementar, o IBGE apresenta informações relevantes para uma compreensão mais ampla das práticas de esporte e atividade física da população residente de 15
anos ou mais de idade. 

 

 

 

 

 

Fonte: (Hoje em Dia)