As candidatas de vacina para covid-19 que já estão na fase 3 de testes clínicos devem ter resultados preliminares divulgados em outubro.
“Neste momento, nosso modelo - nosso melhor caso - prevê que teremos uma resposta até o final de outubro”, disse o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, ao programa Today, segundo informações do The New York Times.
A empresa no Brasil confirma a informação: "Até o final de outubro, a Pfizer espera ter os primeiros dados de eficácia e segurança desse estudo. A companhia pretende submeter a vacina para avaliação dos órgãos regulatórios mundiais, incluindo a Anvisa, ainda em 2020", afirmou por meio de nota nesta quarta-feira (30).
Os testes da vacina da Pfizer estão sendo realizados no Brasil pelo Cepic (Centro Paulista de Investigação Clínica), em São Paulo, e pela Instituição Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador em 3.100 voluntários.
A divulgação dos resultados preliminares dos testes da fase 3 da vacina CoronaVac também está prevista para outubro, segundo anunciado pelo governador João Doria em entrevista coletiva à imprensa. Ele também afirmou que 5 milhões de doses da vacina devem chegar ao país também em outubro.
Além disso, o Estado de São Paulo deve receber 46 milhões de doses até dezembro. O acordo, entre o governo de São Paulo e a empresa chinesa Sinovac, que desenvolve a vacina, além de prever o envio de doses prontas e semiprontas da China, estabelece a transferência de tecnologia, o que permitirá que o Instituto Butantan produza as vacinas no país.
O Butantan informou nesta quarta-feira (30) que as doses serão encaminhadas para o Ministério da Saúde, que será responsável pela distribuição no país após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os resultados dos testes necessários para esse pedido da aprovação devem ficar prontos até o final do ano, segundo o Butantan.
A vacina da Oxford chegou a ter os testes globais interrompidos devido a suspeita de um evento adverso em uma voluntária no Reino Unido, mas os testes foram retomados três dias depois. A assessoria de imprensa da Unifesp, responsável pelos testes no Brasil, informou que a terceira fase do estudo no Brasil evolui bem.
Cinco mil voluntários foram vacinados no país, sem intercorrências graves. A Unifesp informou que não têm previsão de divulgação dos resultados preliminares e que a pausa no estudo não acarretou em atrasos ou desistências.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini
Fonte: (R7)